sexta-feira, 16 de novembro de 2012

AMACI abre a mente, os sentidos, o espirito e a alma


 
Axé a todos! A Umbanda é realizadora e transformadora por excelência. É uma religião que nos aproxima do Sagrado e que permite adentrarmos em nós mesmos para assim, de forma mais verdadeira e intensa, nos colocarmos à “disposição” do próximo, seja ele encarnado ou desencarnado.
Simbolicamente, o médium deve se considerar uma ferramenta usada pelo Divino em favor do Outro, da Comunhão e da Paz, um instrumento que deve e merece “reparos periódicos” para que não se perca a qualidade do trabalho manifestado, para que as engrenagens não enferrujem, para que as juntas não atrofiem, para que a maleabilidade não resseque e para que o molejo não se enrijeça.
Envolto em toda essa grandiosidade, um dos rituais mais potentes quando pensamos em “reparos periódicos”, é o que chamamos de AMACI.
AMACI vem da palavra ‘amaciar’, ‘tornar receptivo’, é um ritual, uma espécie de iniciação que todos os médiuns umbandistas, iniciantes ou não, devem, pelo menos uma vez ao ano, passar.
É um liquido preparado com folhas e águas sagradas escorado por alguns fundamentos específicos da Umbanda e que tem como objetivo a lavagem da cabeça/coroa do médium.
Nesse contexto, o Amaci ‘despertar’ as faculdades nobres do médium que ainda estão adormecidas, descarrega e apazigua o chacra coronário (centro de recepção espiritual Superior) e ainda liga/religa o médium ao Orixá, fazendo com que ele tenha a Sua vibração e energia interiorizada em seu espírito, mente e coração.
Receber o Amaci é entrar em contato direto com o Poder do Orixá, é um momento de grande emoção e que deve estar enredado pela reverência, amor, devoção, lealdade e comprometimento para com o Orixá, a Umbanda e o Plano Espiritual.
É o momento em que o médium se coloca diante do Sagrado como ‘Filho de Orixá’, que abaixa sua cabeça em respeito e em saber à Superioridade Divina. Ocasião em que o médium deve se ajoelhar e deixar a voz do coração dizer: (… nome Orixá…), estou aqui! Estou aqui de joelhos me reverenciando diante de sua Força Sagrada e pedindo que me acolha em seu “colo” Divino. Estou pedindo que me receba como seu filho (… nome Orixá…) e me ampare como espírito. Sim, me entrego! Me entrego de corpo e alma, consciente e convicto de que é a Lei de Pemba que me ajuíza e que é a Lei de Umbanda que me sustenta.
(… nome Orixá…), que seu Poder se manifeste em mim e através de mim. Que suas Forças sejam as minhas forças. E que seu Amor Divino e Incondicional envolva minha mente, meu coração e minha alma para que eu O manifeste através de minhas palavras, pensamentos e ações…
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E ainda com o coração batendo forte, o médium deita-se sobre a esteira de palha aos pés de seu Pai Espiritual e recebe o Amaci. Água cheirosa que ao escorrer pelo rosto se mistura com as lágrimas numa junção de fé, sagrado e pertencimento.
Sim! Agora o médium não está mais sozinho. Agora ele “pertence” ao Orixá, ao Poder Realizador que em forma de Divindade o acolherá em todos os momentos.
É um ritual fundamental para uma verdadeira e segura caminhada espiritual dentro dos fundamentos da Umbanda. É um cerimonial único e divino que quando bem orientado e bem realizado, o médium perceberá as mudanças que acontecerão em sua vida espiritual, consequentemente em toda sua vida.
Reconheçamos, esse ritual é mais uma benesse para o médium que qualquer outra coisa. É uma firmeza espiritual que ainda permite o médium, caso deseje ou seja necessário, mudar de terreiro sem qualquer dano. Portanto, não é e não propicia fechamento de portas, pelo contrário, abre nossa mente, nossos sentidos, nosso espirito e nossa alma para que a Aruanda se instale dentro de nós e que construa um futuro de Paz, Alegria, Bondade, Crença e muito, muito AXÉÉÉÉ.
Por fim, que tal aproveitar o mês de outubro, mês que para muitos É d’Oxum para realizar e receber o Amaci, afinal, as águas, a amorosidade, a força e a sensibilidade de Oxum são únicas e especialmente condutora e concededora.
Axéééé  a todos, que Oxum acalente nossos corações. Hoje e sempre!

FONTE: http://www.minhaumbanda.com.br

ELEMENTOS E RITUAIS NA UMBANDA.

A PEMBA - por Rubens Saraceni

A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos, e ela pode ser usada de várias formas, tais como:
-Para riscar pontos cabalísticos;
-Para cruzar os filhos de fé;
-Para pós purificadores;
-Para limpa pessoas;
-Para cruzarem imagens ou outros objetos;
-Para assentamentos;
Pemba significa e é um elemento mágico mineral.
A confecção das pembas acontece desta forma: um mineral, tipo calcário (um gesso - Gipsita) branco é moído e coado, depois é moldado em formas ovais que lhe proporcionam fácil manuseio e boa resistência, não sendo muito duro nem muito mole.
A pemba ideal é aquela que risca facilmente sem esfarelar-se.
Os guias espirituais gostam de riscar pontos cabalísticos quando vão trabalhar. Cada um com seu próprio ponto, raramente repetido por outros guias, ainda que alguns símbolos, signos e ondas sejam comuns.
Porém, sempre vemos diferenças entre os pontos de guias pertencentes a uma mesma linha ou corrente de trabalho espiritual.
As pembas podem ser consagradas ou não, tudo depende da orientação dos guias espirituais.

A) Uma consagração simples:
Pode ser feita por todos os médiuns e se processa desta forma:
1. Risca-se um círculo, firmam-se sete velas coloridas sobre ele e uma vela branca no centro.
2. Colocam-se as pembas brancas ou coloridas (menos a de cor preta) dentro dele.
3. Evoca-se Deus e os sagrados orixás, pedindo-lhes irradiação sobre aquele círculo e a imantação das suas vibrações divinas sob as pembas ali colocadas. Que as consagrem para serem usadas segundo as necessidades dos guias e dos médiuns (para riscarem pontos, cruzarem pessoas, fazerem pós específicos, tornando-as condensadoras e anuladoras de energias negativas etc.).
Após a queima das velas, devem ser recolhidas as pembas já consagradas pelos sagrados orixás e guardadas em uma caixa ou envolvidas em tecidos com suas respectivas cores, só voltando a manuseá-las quando forem usadas.
Esta forma de consagração é a mais simples de ser feita. Sendo realizada dentro do congá ou na casa do médium, em um local adequado.

As Ervas e sua Utilização
Por Alexandre Cumino

Defumação
A defumação consiste no ato de queimar ervas e resinas aromáticas no carvão em brasa, o que é feito dentro de um turíbulo (defumador), aonde as ervas e resinas exalam seu aroma e essência no ar. È uma prática milenar usada em todas as culturas, alguns utilizavam a queima direta em piras e fogueiras.
O uso ritualístico, ancestral, da defumação tem a finalidade de promover a limpeza astral de ambientes e pessoas. Aqui ressaltamos a importância de seus elementos para a queima de larvas e miasmas astrais, bem como a purificação das energias negativas. Podemos utilizar muitas ervas e resinas diferentes, dependendo dos objetivos propostos, pois é ato magístico-religioso, onde associamos as qualidades, “propriedades”, que a erva ou resina possui com as que desejamos adquirir. Para fazer sua defumação em casa, muna-se de um turíbulo (defumador) colocando carvão para queimar dentro do mesmo (tomar cuidado com o álcool e evitar o manuseio perto de crianças), quando já estiver em brasa despeje aos poucos as ervas e resinas aromáticas. Ofereça às divindades guardiãs dos reinos vegetais e peça para que através desta defumação as pessoas possam ser limpas e descarregadas, assim purificando todas as energias negativas que se encontram em seus corpos astrais. Manuseie seu defumador de forma que a “fumaça aromática” envolva as pessoas a serem limpas e purificadas na defumação.
Lembre-se que na defumação utilizamos ervas secas.

As resinas
A Mirra, o incenso e o beijoim são resinas aromáticas (seiva natural), milenarmente conhecidas e utilizadas ritualisticamente dentro de quase todas as tradições religiosas.
Dentre as suas diversas utilidades a mais tradicional e conhecida é defumação. Todas estas três resinas têm a capacidade de agir em nosso campo astral e mediúnico sutilizando-o e desagregando energias negativas, por esta razão as mais antigas tradições religiosas se utilizavam e ainda utilizam delas, são usadas também para facilitar o contato espiritual. Pela sua alta capacidade de volatilização e por sua qualidade potencializadora são muito utilizadas em conjunto com ervas secas já direcionadas para os campos aos quais estas atuam.

Banhos de limpeza astral
A exemplo da defumação os banhos de ervas também são excelentes para limpeza de nosso corpo astral assim como nosso corpo material também é limpo das impurezas e estimulado pela essência vegetal, aqui nós impregnamos com a força e propriedade das ervas.
Nós utilizamos ervas frescas ou secas para o banho, preparadas como um chá, apagando o fogo assim que começa a ferver e deixando, enquanto esfria um pouco, a água absorver o elemento vegetal. Após o banho normal de higiene, despejamos aos poucos o “banho de ervas”, do pescoço para baixo, entoando nossos pedidos ao Criador e às Divindades. Após, deixe que a essência vegetal seja absorvida por um minuto, enxugue-se normalmente e aproveite este contato com a natureza.

Banhos na Natureza
Os banhos feitos na natureza, de cachoeira ou mar, também são excelentes para desagregar energias enfermiças localizadas nos órgãos do corpo etérico. Tem na natureza energia e magnetismo que limpa e sutiliza nosso corpo energético (nos sentimos mais “leves”) expandindo nosso aura, a energia salina do mar “queima” as larvas e miasmas astrais.

As ervas
A seguir daremos uma sequência de ervas com suas características e qualidades a serem trabalhadas ritualisticamente nos banhos e ou defumações.
Arruda (Ruta graveoleos)– Ótimo protetor astral, desagrega as larvas astrais e energias enfermiças. Quebra as formações energéticas negativas, resultantes das egrégoras de pensamentos negativos e atuações do baixo astral.
Alecrim (Rosmarinus officinalis) – Desagrega energias enfermiças, limpa e purifica ambiente criando uma “esfera” de proteção, boa contra obsessão e afasta a tristeza.
Alfazema (Lavandula augustifolia ou Vera) – Ajuda a equilibrar nossas energias, limpa e purifica o ambiente trazendo a paz e harmonia.
Anis estrelado (Illicium verum)– Atua melhorando nosso humor, desperta a intuição, torna o ambiente agradável e desagrega energias negativas
Absinto – Losna (Artemisia absinthium) – Em banhos, desagrega fluidos negativos. Na defumação afasta influencia negativa.
Alho (casca) (Allium sativum)– desagrega as energias negativas de ordem sexual , protege contra influencias negativas e purifica o ambiente
Artemísia (Artemísia Vulgaris) – Quebra as egrégoras de pensamentos negativos e traz proteção
Bambu (Oxytenanthera abyssinica) – contra influencias negativas
Botões de flor de laranjeira – Para o amor
Camomila (Matricaria chamomilla) – Calmante, contra depressão e ansiedade
Cana de açúcar (palha e bagaço) – Dá força e vigor para enfrentar as situações do dia a dia
Canela (Cinnamomun zeylanicun Ness) – Condensador de fluidos benéficos, destrói miasmas astrais, afrodisíaco e atrai a prosperidade. Cebola (casca) – desagrega energias negativas de ordem sexual, afasta fluidos indesejados.
Capim limão / Capim Santo (Cymbopogon citratus) – Bom para acalmar e trazer bons fluidos
Cravo (Syzygium aromaticum)– Afrodisíaco, estimulante, aumenta o magnetismo pessoal e atrai a prosperidade.
Eucalipto (Eucalyptus globulus labill) – Desagrega as energias negativas e enfermiças, renova nossas energias, equilibra o emocional.
Erva Doce (Pimpinella anisum) – Acalma e harmoniza o ambiente, desagregando energias enfermiças e nocivas
Girassol (folhas) – Excelente condensador de fluidos positivos e ajuda a aguçar a intuição
Guiné (Petiveria alliacea) – Quebra formas pensamento baixas e ajuda na comunicação com os bons espíritos. Bom contra obsessões de natureza sexual
Hortelã (Mentha piperita) – Bom para proteção e contra o desanimo Ipê amarelo – para harmonizar ambientes
Laranja (flor, folhas e casca) – Estimula o amor nos tornando mais atraentes, também torna o ambiente mais agradável e “leve”.
Levante – Bom para proteção e abertura de caminhos
Limão (casca) – Queima os fluidos negativos e enfermiços arrancando
Lírio – bom para nos tornar mais puros simples e humildes, estimula nosso lado compreensivo e amoroso.
Louro (Laurus nobilis) (a folha do sacerdote) – Excelente para aguçar a intuição e para a prosperidade
Maçã (folhas, flores e casca) – Desperta nossa sensibilidade ao amor e aumenta nosso poder magnético de atrair o que nos agrada. Malva (Malva parviflora) – Acalma e desperta a sensibilidade
Manjericão (Ocimun basilicum)– Ótimo para tirar as energias negativas, trazer vida ao ambiente e as pessoas, aumenta o magnetismo pessoal, atua contra a depressão e ansiedade.
Maracujá (Passiflora alata dryand) (flor) – Para fortalecer nossos laços de amizade
Melissa (Melissa oficinallis) – Acalma os ânimos nos tornando mais alegres, limpa e sutiliza o corpo astral
Morango (folhas e fruto) – Desperta o prazer em todos os sentidos
Noz-Moscada – Aguça a intuição, ajuda na comunicação astral e é boa para a prosperidade.
Poejo – Ótima para proteção e para acalmar os ânimos
Pitanga (Eugenia uniflora) (folhas) – Prosperidade e proteção
Patchuli (Pogostemon patchouly) – Bom para amor, prosperidade e intuição fortalecendo o magnetismo pessoal Salsa – Usada para a proteção afasta a negatividade
Salvia (Salvia officinalis) – considerada a erva da saúde serve para limpeza, proteção e intuição
Rosa Branca – Desperta o amor e espiritualidade
Rosa vermelha - Desperta a paixão Rosa cor de rosa – Desperta o amor maternal, filial e fraternal.
Romã (casca e flores) – Utilizada para a prosperidade e protege contra as emanações provindas de inveja e ódio
Orquídea – Desperta a libido

Obs: Ao trabalhar com as essências das ervas, banhos ou defumação, estamos entrando em um universo vegetal que vai além da matéria. Assim, como não somos apenas carne e as divindades não são apenas arquétipos, as plantas também possuem um “espírito vegetal” que as anima e tem seus respectivos gênios e divindades guardiãs responsáveis pela força vegetal. Portanto ao trabalhar com ervas entre em contato com estes espíritos, gênios e guardiões vegetais pedindo sua licença e sua força para realizarmos nossa tarefa. Dentro do conceito de divindades podemos recorrer a Oxossi como Guardião do reino vegetal e Ossain como gênio deste reino e da cura pelas ervas.

Receitas de Banhos e Defumação

Para depressão e purificar a aura:
Salsinha, aniz estrelado e alecrim.

Acabar com os males e desagregar energias negativas:
Banho de cerveja

Prosperidade financeira:
Salsinha com noz moscada

Para ajudar no comércio:
Alecrim, abre-caminho, hortelã, levante, girassol, cana, açúcar mascavo. Fazer banho, defumação e passar no chão do escritório ou loja.

Banho para o amor:
Aniz estrelado, calêndula, rosa vermelha, pathuli, malva branca e jasmim.

Banho para atrair a sorte: Milho de galinha, abre-caminho, café e açúcar mascavo.

Defumação de prosperidade:
Noz moscada, cana, insenso, folha de louro, canela em pó,aroz com casca e alfazema.

Purifica o espírito e fortalece o mental:
Levante, alecrim e hortelã.

Bom para a saúde, ajuda a fortalecer pessoas debilitadas:
Banho de leite com levante (feito as terças e quintas feiras)

Para Prosperidade:
Pó de café, açúcar, louro, manjericão, folha de pitanga, hortelã.

Para descarga forte:
Folhas de eucalipto, casca de alho, palha ou bagaço de cana (seco), folha de bambu, folha de pinhão roxo.

Para descarga de energias sexuais densas:
Cravo, canela, casca de alho roxo, erva-doce, casca de limão

Para cansaço ou depressão:
(Respirar bastante) sementes de girassol, semente de imburana, anis estrelado.

Contra a insônia:
Pétalas de rosa, Erva-sândalo, Hortelã e cravo da Índia

Descarrego de energias pesadas:
Manjericão, Alecrim, Mirra, Alfazema e Arruda.

Para afastar a obsessão e alcoolismo:
Alho, salsão, arruda, guiné, espada de São Jorge, folha de fumo, folha de mangueira, levante e cipó mil-homens.

Para abrir caminhos:
Açucena, agrião, angico, aroeira e espada de São Jorge.

Para ajudar no desenvolver da espiritualidade:
Jasmim, anis estrelado e alfazema


DESCARGAS
Por Ruben Saraceni

As descargas ou "descarregos" significa afastar determinadas perturbações espirituais ou obsessões que estão atuando sobre uma pessoa, uma residência, uma casa de comércio ou até mesmo contra os médiuns de um templo de Umbanda.
A pólvora é um dos elementos mais usados em um descarrego, quando é riscado um ponto mágico com ela e é ateado fogo. Com a queima da pólvora acontece uma explosão e um deslocamento de energia que penetra no campo magnético da pessoa, desagregando cascões astrais, queimando acúmulos de energias e possíveis espíritos perturbadores. A quantidade de pólvora deve ser pouca e têm que ser cuidadosos na hora de sua queima, senão pode acontecer de alguém se queimar. Uns fazem buchas de pólvora e ateiam fogo numa ponta do papel. Já outros riscam algum ponto cabalístico específico e colocam um pouco, uma colher de chá de pólvora em cima de algum dos riscos, queimando-a em seguida.
Enfim, várias são as formas de se usar os “pontos de fogo”, sempre para descarregar uma pessoa, uma residência, etc.
Recomendação: só usem os pontos de fogo caso saibam como fazê-lo. E antes, firmem vosso Orixá, vosso Mentor e vosso Exu guardião, pois aí sim, estarão protegidos durante a descarga, e de possíveis reações ao choque que o outro “lado” receberá.
Mas há outros tipos de descargas ou descarregos, e alguns são feitos com pipoca; outros com folhas de ervas específicas, quando são feitos os sacudimentos; banhos de mar e de cachoeira, dentro de todo um ritual, também realizam descargas nas pessoas.
Enfim, há todo um universo a ser conhecido neste campo magístico, que recomendamos que estudem, colocando em prática aqueles recursos que mais os atrair.

As Cores de Colares, Braceletes, Pulseiras, Anéis, Tiaras, etc.
Texto extraido do Livro " Formulário de Consagrações Umbandistas" Editora Madras /Rubens Saraceni

Os Colares ou " Guias" Consagrar uma guia, como são chamados os colares dentro da Umbanda, é um procedimento correto, pois somente ele estando consagrado poderá ser usado como protetor ou instrumento mágico nas mãos dos guias espirituais. O procedimento regular tem sido o de lavá-los (purificação), de iluminá-los com velas (energização) e de entregá-los nas mãos dos guias espirituais para que sejam cruzados (consagração). Eventualmente são deixados nos altares por determinado número de dias para receber uma imantação divina que aumenta o poder energético deles. Os guias espirituais sabem como consagrá-los espiritualmente, imantando-os de tal forma que, após cruzá-los, estão prontos para ser usados pelos médiuns como filtros protetores ou pelos seus guias como instrumentos mágicos, ainda que só uma minoria dos guias os utilize efetivamente com essa finalidade e a maioria os prefira como pára-raios protetores ou descarregadores das cargas energéticas negativas trazidas para dentro dos locais de trabalhos espirituais pelos seus consulentes.
Os procedimentos consagratórios dos colares usados pelos umbandistas têm sido estes e poucos têm mais alguns outros. Eles têm ajudado os médiuns durante seus trabalhos e auxiliado os consulentes a se proteger das pesadas projeções fluídicas que recebem de pessoas ou espíritos no dia-a-dia. Mas esses cruzamentos ou consagrações, com finalidades específicas e com imantação espiritual, são apenas o lado aberto ou exotérico e, numa escala de 0 a 100, só obtêm 10% do poder dos mesmos objetos que, se forem consagrados internamente ou receberem uma consagração completa, terão 100% de poder.
Normalmente, consagram-se ou cruzam-se colares a pedido dos guias espirituais e cada linha tem suas cores específicas, iguais às dos seus orixás regentes. Como algumas cores mudam conforme a região, então eventuais alterações de cores impedem a uniformização da identificação dos orixás simbolizados nos colares usados pelos médiuns. Na confecção dos colares, algumas regras devem ser seguidas:
1ª — Os colares dos orixás costumam ser de uma só cor.
2ª — Há algumas exceções (Obaluaiê = preto-branco), (Omolu = preto-branco-vermelho), (Nanã = branco-lilás-azul-claro), (Exu = preto-vermelho; preto; vermelho), (Pombagira = vermelho; preto e vermelho; dourado).
Enfim, há certa flexibilidade no uso das cores dos colares consagrados aos orixás na Umbanda. E isso se deve ao fato de que eles, na verdade, irradiam-se em padrões vibracionais diferentes e em cada um mudam as cores das energias irradiadas. Então, não podemos dizer que estão erradas as cores usadas na Umbanda. Apenas cremos que deveríamos padronizá-las e não recorrer ao uso individual delas. Também não deveríamos adotar as cores usadas em outros cultos afros.

— O uso de "quelê" também não deve ser adotado pelos umbandistas pois é privativo do Candomblé.

— "Quelê" é um colar curto, feito de pedras trabalhadas; é mais grosso que o normal e usado ao redor do pescoço, indicando que a pessoa é uma iniciada no seu orixá em ritual tradicional e só dele. Portanto, o seu uso não deve ser copiado, pois não é um colar umbandista.

Para a Umbanda, vamos dar as cores mais usadas ou aceitas pela maioria:
• Oxalá = branca
• Nanã = lilás
• Iemanjá = azul-leitoso
• Omolu = branco-preto-vermelho
• Ogum = vermelho
• Obaluaiê = branco-preto
• Xangô = marrom
• Exu = preto e vermelho
• Iansã = amarelo
• Pombagira = vermelho
• Oxum = azul-vivo
• Oxóssi = verde
• Obá, Oxumaré, Oiá-Tempo e Egunitá não são cultuados regularmente.
Como na Umbanda não são cultuados regularmente, alguns orixás foram incorporados por nós, pois ocupam pólos energo-magnéticos nas Sete Linhas de Umbanda. Então vamos dar as suas cores:
• Egunitá = laranja
• Oiá-Tempo = fumê
• Obá = magenta
• Oxumaré = azul-turquesa

Só que há um problema porque não são fabricadas regulamente contas de cristais ou de porcelanas nessas cores. Por isso, recomendamos que os umbandistas passem a usar colares de pedras naturais sempre que possível, porque só eles (e todos os elementos naturais) conseguem absorver e segurar as imantações divinas condensadas nas suas consagrações "internas". Contas e outros objetos artificiais ou sintéticos, produzidos industrialmente, não são capazes de reter as imantações poderosas dessas consagrações internas. Então, aqui há uma relação das pedras dos orixás:
• Oxalá = quartzo transparente
• Oiá-Tempo = quartzo fumê
• Oxum = ametista
• Oxumaré = quartzo azul
• Oxóssi = quartzo verde
• Obá = madeira petrificada
• Xangô = jaspe marrom
• Egunitá = ágata de fogo
• Ogum = granada
• Iansã = citrino
• Obaluaiê = quartzo branco e turmalina negra
• Nanã = ametrino
• Iemanjá = água-marinha
• Omolu = ônix preto — ônix verde
• Exu = ônix preto — hematita — turmalina negra
• Pombagira = ônix — ágata

Obs.: Outras pedras podem ser usadas, pois a variedade de espécies é grande, assim como é a de cores em cada espécie, certo? Agora, com as linhas de trabalhos formadas por guias espirituais, a coisa complica porque tudo depende das energias manipuladas por eles e pelos mistérios nos quais foram "iniciados" e que ativam durante seus atendimentos aos consulentes.
— Para a linha dos Baianos, recomendamos o uso de colares feitos de coquinhos.
— Para a linha das Sereias, recomendamos os colares feitos de conchinhas recolhidas à beira-mar.
— Para a linha dos Boiadeiros, recomendamos colares feitos de "jaspe leopardo".
— Para a linha das Crianças, recomendamos colares de quartzo rosa, de ametista, de água-marinha e quartzo branco.

Quanto aos colares para descarga, recomendamos que tenham grande variedade de espécies de pedras naturais, de porcelana de cristais industriais, de sementes, etc. No capítulo seguinte, comentaremos com detalhes fundamentais os colares de descarga. Um colar é em si um círculo e é um espaço mágico poderoso, se for consagrado corretamente. Então, supondo que os seus colares tenham sido consagrados corretamente, vamos aos comentários necessários para que você comece a usá-los com mais respeito e trate-os como objetos sacros de sua religião: a Umbanda.
Nós sabemos que não existem comentários sobre os muitos tipos de espaços-mágicos usados pelos praticantes de magia. Sabemos que usam o triângulo; o duplo triângulo entrelaçado, o pentagrama, etc, mas também que seus fundamentos ocultos ou esotéricos não foram revelados ou comentados por nenhum autor umbandista até a publicação do nosso livro A Magia Divina das Velas (Madras Editora), no qual comentamos superficialmente os espaços mágicos formados por velas. Bem, o fato é que o círculo é um espaço mágico, e um colar é um círculo, ainda que maleável, pois se movimenta ao redor do pescoço da pessoa que o está usando. Por isso, chamamos os colares de círculos maleáveis. E, por ser um espaço mágico fechado, se devidamente consagrado, é um espaço mágico permanente e que "trabalha" o tempo todo recolhendo e enviando para outras dimensões ou faixas vibratórias as cargas energéticas projetadas contra o seu usuário. Como ele é um círculo, então o espaço mágico formado dentro dele é multidimensional e interage com todas as dimensões, planos e faixas vibratórias, enviando para eles as cargas energéticas projetadas contra o seu usuário.

• Ele interage com as dimensões elementais.
• Ele interage com as dimensões puras.
• Ele interage com as dimensões bielementais.
• Ele interage com as dimensões trielementais.
• Ele interage com as dimensões tetraelementais.
• Ele interage com as dimensões pentaelementais.
• Ele interage com as dimensões hexaelementais.
• Ele interage com as dimensões heptaelementais.


A ROUPA BRANCA
Extraído do site http://umbandadejesus.blogspot.com

E, quando o seu usuário o coloca no pescoço, ele começa a puxar para dentro do espaço mágico (que é em si) as irradiações projetadas desde outras faixas vibratórias negativas, dimensões ou planos da vida, recolhendo-as e enviando-as de volta às suas origens. Os guias espirituais, quando consagram colares para os seus médiuns ou para os consulentes, para serem usados como protetores, imantam esses colares com uma vibração específica que os tornam repulsores ou anuladores de projeções energéticas negativas, mas não os tornam espaços mágicos em si porque, para fazerem isso, teriam de ir a locais específicos da natureza e, ali, abrir campos consagratórios também específicos e imantá-los com as vibrações divinas dos seus orixás correspondentes, dotando-os de poderes mágicos multidimensionais. Mas, como os fundamentos consagratórios internos estavam fechados ao plano material até agora, então eles faziam isso de forma velada quando seus médiuns iam oferendá-los, ou aos orixás, nos campos vibratórios na natureza. Os guias espirituais sempre respeitaram o silêncio sobre a consagração interna e sempre fizeram o que tinham de fazer de forma que os seus médiuns não percebiam que, ao tirarem os colares do pescoço, trabalhando-os na verdade estavam imantando-os com as vibrações elementais e divinas existentes nos pontos de forças da natureza.
Então, agora você já sabe que o seu colar de cristais, porcelana, sementes, dentes, etc. não é só um adereço de enfeite ou identificador dos seus orixás ou de seus guias espirituais, mas que, se corretamente consagrado, é um espaço mágico circular, certo? E também sabe que, se for confeccionado com elementos colhidos na natureza, é mais poderoso que os feitos com elementos artificiais ou industrializados.

Dentre os principios da Umbanda,um dos elementos de grande significancia e fundamento,é o uso da roupa branca.A cor branca é um dos maiores simbolos de unidade e fraternidade ja utilizados.A roupa branca transmite a sensação de assepsia,calma,paz espiritual,serenidade e outros valores de elevada estirpe.A cor branca contem dentro de si todas as demais cores existentes.Portanto,a cor branca tem sua azão de ser na Umbanda,pois temos que lembrar que a religião que abraçamos é capitaneada por Orixás,sendo que Oxalá,que tem a cor branca como representação,supervisiona os Orixás restantes.A roupa branca usada pelos médiuns,não dará oportunidade às pessoas que adentram um terreiro,etc...de saber qual o nível social,cultural,intelectual dos médiuns que fazem parte do mesmo,pois o branco significa IGUALDADE.Essa roupa branca,é a vestimenta para a qual devemos dispensar muito carinho e cuidado.Devem ser conservadas limpas,bem cuidadas,devem estar sempre longe do contato direto com as forças deletérias,devem estar dentro do vestiario do terreiro ou em casa sendo lavadas.Quando essas roupas ficam velhas,estragadas,jamais deve-se jogar fora ou dar,deverá ser despachada,pois trata-se de um instrumento de trabalho do médium.Nunca se deve vir vestido de casa,e sim, vestir suas roupas brancas,pois se voce vai trabalhar sem o banho e com roupas que andou pelas ruas,tento o médium quanto as roupas estão impregnados de cargas fluidico-magnéticas negativas,que por conseguinte interferema no campo aurico e perispiritual do médium.Portanto,tomar o banho e vestir as roupas brancas é de grande importancia.Além disso,o branco é uma cor relaxante,que induz o psiquismo à calma e à tranquilidade.
Em 16 de novembro de 1908, data da anunciação da Umbanda no plano físico e também ocasião em que foi fundado o primeiro templo de Umbanda, Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, o espírito Caboclo das Sete Encruzilhadas, entidade anunciadora da nova religião, ao fixar as bases e diretrizes do segmento religioso, expôs, dentre outras coisas, que todos os sacerdotes (médiuns) utilizariam roupas brancas. Mas, por quê?.Teria sido uma orientação aleatória, ou o reflexo de um profundo conhecimento mítico, místico, científico e religioso da cor branca? No decorrer de toda a história da Humanidade, a cor branca aparece como um dos maiores símbolos de unidade e fraternidade já utilizados. Nas antigas ordens religiosas do continente asiático, encontramos a citada cor como representação de elevada sabedoria e alto grau de espiritualidade superior. As ordens iniciáticas utilizavam insígnias de cor branca; os brâmanes tinham como símbolo o Branco, que se exteriorizava em seus vestuário e estandartes. Os antigos druidas tinham na cor branca um de seus principais elos do material para o espiritual, do tangível para o intangível. Os Magos Brancos da antiga Índia eram assim chamados porque utilizavam a magia para fins positivos, e também porque suas vestes sacerdotais eram constituídas de túnicas e capuzes brancos. O próprio Cristo Jesus, ao tempo de sua missão terrena, utilizava túnicas de tecido branco nas peregrinações e pregações que fazia. Nas guerras, quando os adversários, oprimidos pelo cansaço e perdas humanas, se despojavam de comportamentos irracionais e manifestavam sincera intenção de encerrarem a contenda, o que faziam? Desfraldavam bandeiras brancas! O que falar então do vestuário dos profissionais das diversas áreas de saúde. Médicos, enfermeiros, dentistas etc., todos se utilizando de roupas brancas para suas atividades. Por quê? Porque a roupa branca transmite a sensação de assepsia, calma, paz espiritual, serenidade e outros valores de elevada estirpe. Se não bastasse tudo o que foi dito até agora, vamos encontrar a razão científica do uso da cor branca na Umbanda através das pesquisas de Isaac Newton. Este grande cientista do século XVII provou que a cor branca contém dentro de si todas as demais cores existentes. Portanto, a cor branca tem sua razão de ser na Umbanda, pois temos que lembrar que a religião que abraçamos é capitaneada por Orixás, sendo que Oxalá, que tem a cor branca como representação, supervisiona os Orixás restantes. Assim como a cor branca contém dentro de si todas as demais cores, a Irradiação de Oxalá contém dentro de sua estrutura cósmico-astral todas as demais irradiações (Oxossi, Ogum, Xangô, etc.).A implantação desta cor em nossa religião, não foi fruto de opção aleatória, mas sim pautada em seguro e inequívoco conhecimento de quem teve a missão de anunciar a Umbanda.


PONTOS CANTADOS
Por Anna Chrystina

Desde os primórdios da humanidade que as diversas religiões encontravam nos cânticos uma forma de louvação e expressão da religiosidade.

Louvai a Deus no seu santuário;louvai-o no firmamento, ...
... Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos retumbantes. Todo ser que respira louve ao Senhor. Salmo 150 da Bíblia.

Os pontos cantados na Umbanda são como Mantas que ao serem entoados movimentam energias e promovem ligação com a espiritualidade,  harmonização, limpeza, purificação, segurança, desagregação de energias deletérias, desintegração de miasmas, além de servirem de chamada ou despedida das entidades para os trabalhos. São também louvores, uma maneira de se conectar com determinada energia e dela se beneficiar ou beneficiar a outrem.
Dessa forma, existem vários tipos de pontos cantados para serem utilizados em momentos específicos dentro da ritualística. Para citar alguns: Pontos de Descarrego, Pontos de Abertura dos Trabalhos, Pontos de Defumação, Pontos de Encerramento da Gira, Pontos de Louvação, Pontos de Firmeza e por aí vai.
A gira de Umbanda é toda cantada, desde sua abertura até o fim dos trabalhos, o que nós chamamos de Curimba, onde ecoam os atabaques (ressalto que algumas casas não se utilizam de atabaques) e o Ogã(responsável, dentre outras coisas, pela Curimba) vai "puxando" os pontos pertinentes a aquele momento no qual a gira se encontra.
O atabaque é considerado um instrumento sagrado na Umbanda e sua correta execução, dentre outras coisas, é responsável pelo bom andamento da Gira, assim sendo, o cargo de Ogã dentro de uma Casa é de extrema responsabilidade, devido a imensa energia que faz movimentar, estabelecendo e mantendo o padrão vibratório nos momentos dos trabalhos.
O mais importante com relação aos pontos cantados é que eles sejam executados com concentração pela corrente de trabalho para que as energias evocadas encontrem ambiente ideal para a prática da caridade. Normalmente acompanhada de dança ritualística, os pontos cantados são também um elo que facilita a conexão dos médiuns com suas entidades de trabalho.



FONTE;http://www.umbandadeluz.com.br/elementos.html

sexta-feira, 2 de novembro de 2012



Saravá, assim como axé, selam conversas e têm conotação positiva.
Saravá também pode significar "salve" ou "viva", por influência africana no idioma português do Brasil. É usada nesse sentido específico pelo poeta e compositor brasileiro Vinícius de Moraes.
[editar]Religiões afro-brasileiras

É comum relacionar essa expressão com rituais no Brasil, como o candomblé e umbanda.
O termo saravá também é usado em religiões afro-brasileiras como mantra (que são palavras especiais vocalizadas de maneira específica que produzem certos fenômenos de imantação e desagregação[carece de fontes]; são sons místicos ou sagrados, ou seja, sons específicos que elevam o espírito[carece de fontes]) e significa:
SA— (Força, Senhor) —RA— (Reinar, Movimento) —VÁ (Natureza, Energia).[carece de fontes]
Saravá significa então a força que movimenta a natureza. Esse termo é, portanto, um mantra que pode fixar ou dissipar determinadas vibrações, não sendo, portanto aconselhável pronunciá-lo sem a devida necessidade.[carece de fontes]
Na umbanda paulista, saravá também é utilizada como uma saudação possuindo o sentido de "Salve sua força!", da força de deus e da natureza que estão dentro da pessoa, como no mantra indiano namastê, que significa: o Deus que tem dentro de mim, saúda o deus que tem dentro de você.[carece de fontes]
Saravá - transliterado do Japonês significa "adeus", no sentido de nunca mais voltar.[1]´

fonte:wikpédia.